Por Hellen Perucci
Nesta terça-feira, 9 de fevereiro, o prefeito Angelo Oswaldo comunicou a decisão do representante da Vale, Daniel Argento, de que as 30 famílias cadastradas para remoção no distrito de Antônio Pereira serão removidas devido a obra de descaracterização da barragem de Doutor. A remoção será acompanhada pela prefeitura através da Defesa Civil e da Secretaria de Desenvolvimento Social. Segundo a empresa, não há nenhuma alteração no nível de risco da barragem. 473 pessoas já foram realocadas no distrito.
O cadastro dessas famílias foi realizado no mês de julho de 2020, baseado nos resultados de uma empresa auditora do Ministério Público que constatou uma área de rompimento hipotético. No mês seguinte, em agosto, outra mancha de possível rompimento foi apresentada à população pela empresa Vale.
Nela, a Zona de Auto Salvamento (ZAS) passou por alterações, em que a chamada “área da mancha” foi reduzida sem nenhuma explicação técnica aos moradores. Essa mudança e incongruência foi relatada na reunião que aconteceu no dia 19 de janeiro entre atingidos e Prefeitura de Ouro Preto. Com essa decisão, a empresa mineradora volta atrás, quase sete meses depois, e opta pela remoção com base nos resultados da empresa auditora.
No mapa abaixo mostra a diferença entre manchas. A linha preta representa a primeira mancha, da empresa SLR que será critério para as remoções. A linha verde consiste na mancha apresentada pela Vale no mês seguinte.
Imagem cedida por Ana Carla.
No segundo mapa mostra a diferença entre manchas, em que linha preta representa a primeira mancha, da empresa SLR que será critério para as remoções. A linha verde consiste na mancha apresentada pela Vale no mês seguinte.
Imagem cedida por Ana Carla.
Ana Carla, integrante da comissão de atingidos, afirma que essa decisão é uma conquista da comunidade perante a constante luta e as incertezas: “Essa decisão vem de um clamor da comunidade que tem lutado arduamente para garantir o direito dessas famílias. Ninguém atestou que era seguro que essas famílias continuassem morando nesse mapa que foi apresentado em julho contemplando todas essas famílias. Então, essa luta já vem de muito tempo, foram muitas reuniões, foram muitas reivindicações, relatos ao ministério público, à prefeitura”.
Em nota, a empresa Vale informa que: seguindo nova recomendação da empresa auditora do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), decidiu pela remoção das cerca de 30 famílias das comunidades de Antônio Pereira e Vila Antônio Pereira, residentes na chamada poligonal da Zona de Autos Salvamento (ZAS) da barragem Doutor, da mina de Timbopeba, em Ouro Preto (MG). A ação é resultado do comprometimento da empresa com a segurança desses moradores.
A empresa também declara que as famílias serão realocadas sob a coordenação da Defesa Civil, com o apoio da Vale. Elas receberão assistência integral da empresa e terão participação ativa na escolha de suas moradias, que serão entregues após reforma e limpeza. Os animais domésticos e de produção que não puderem ser levados por seus tutores, de imediato, serão acolhidos temporariamente em instalações de fauna, sob os cuidados de profissionais e especialistas, entre biólogos, veterinários e auxiliares capacitados.
Por Hellen Perucci
Nesta terça-feira, 9 de fevereiro, o prefeito Angelo Oswaldo comunicou a decisão do representante da Vale, Daniel Argento, de que as 30 famílias cadastradas para remoção no distrito de Antônio Pereira serão removidas devido a obra de descaracterização da barragem de Doutor. A remoção será acompanhada pela prefeitura através da Defesa Civil e da Secretaria de Desenvolvimento Social. Segundo a empresa, não há nenhuma alteração no nível de risco da barragem. 473 pessoas já foram realocadas no distrito.
O cadastro dessas famílias foi realizado no mês de julho de 2020, baseado nos resultados de uma empresa auditora do Ministério Público que constatou uma área de rompimento hipotético. No mês seguinte, em agosto, outra mancha de possível rompimento foi apresentada à população pela empresa Vale.
Nela, a Zona de Auto Salvamento (ZAS) passou por alterações, em que a chamada “área da mancha” foi reduzida sem nenhuma explicação técnica aos moradores. Essa mudança e incongruência foi relatada na reunião que aconteceu no dia 19 de janeiro entre atingidos e Prefeitura de Ouro Preto. Com essa decisão, a empresa mineradora volta atrás, quase sete meses depois, e opta pela remoção com base nos resultados da empresa auditora.
No mapa abaixo mostra a diferença entre manchas. A linha preta representa a primeira mancha, da empresa SLR que será critério para as remoções. A linha verde consiste na mancha apresentada pela Vale no mês seguinte.
Imagem cedida por Ana Carla.
No segundo mapa mostra a diferença entre manchas, em que linha preta representa a primeira mancha, da empresa SLR que será critério para as remoções. A linha verde consiste na mancha apresentada pela Vale no mês seguinte.
Imagem cedida por Ana Carla.
Ana Carla, integrante da comissão de atingidos, afirma que essa decisão é uma conquista da comunidade perante a constante luta e as incertezas: “Essa decisão vem de um clamor da comunidade que tem lutado arduamente para garantir o direito dessas famílias. Ninguém atestou que era seguro que essas famílias continuassem morando nesse mapa que foi apresentado em julho contemplando todas essas famílias. Então, essa luta já vem de muito tempo, foram muitas reuniões, foram muitas reivindicações, relatos ao ministério público, à prefeitura”.
Em nota, a empresa Vale informa que: seguindo nova recomendação da empresa auditora do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), decidiu pela remoção das cerca de 30 famílias das comunidades de Antônio Pereira e Vila Antônio Pereira, residentes na chamada poligonal da Zona de Autos Salvamento (ZAS) da barragem Doutor, da mina de Timbopeba, em Ouro Preto (MG). A ação é resultado do comprometimento da empresa com a segurança desses moradores.
A empresa também declara que as famílias serão realocadas sob a coordenação da Defesa Civil, com o apoio da Vale. Elas receberão assistência integral da empresa e terão participação ativa na escolha de suas moradias, que serão entregues após reforma e limpeza. Os animais domésticos e de produção que não puderem ser levados por seus tutores, de imediato, serão acolhidos temporariamente em instalações de fauna, sob os cuidados de profissionais e especialistas, entre biólogos, veterinários e auxiliares capacitados.