No dia 30 de janeiro, houve a cerimônia de candidatura de Ouro Preto à chancela de Cidade Criativa pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) na categoria de Artes Populares e Artesanato. Durante a cerimônia, também ocorreu a assinatura do Plano Municipal de Economia Criativa (PMEC), a cidade patrimônio é o primeiro município de Minas Gerais a ter um plano exclusivo para o setor.
O objetivo central do evento foi o lançamento oficial da candidatura de Ouro Preto à chancela de Cidade Criativa em Artes Populares e Artesanato. A candidatura ressalta a importância das artes e artesanato para a população de Ouro Preto e como a cultura em volta dessas práticas são a forma de sustento de diversas famílias por gerações.
A candidatura de Ouro Preto recebe apoio da cidade de João Pessoa, a única cidade do Brasil a portar o título de Cidade Criativa na mesma categoria em que Ouro Preto concorre Em Minas Gerais, apenas Belo Horizonte tem a chancela de Cidade Criativa, porém na categoria da gastronomia. A cidade patrimônio também recebeu apoio e reconhecimento do criador da rede de cidades criativas, o inglês Charles Landry.
Maristela Rangel, Subsecretária Estadual de Cultura, também falou sobre a importância e significado de alcançar esse título para Minas Gerais. “2025 é o ano mineiro da arte e, trazendo esse tema aqui da economia criativa, a gente reforça pelo estado a importância de juntos trazer o título para os mineiros. Então, o estado não só reconhece Ouro Preto pelo que ela já representa (primeira cidade brasileira a receber o título de Patrimônio Mundial), mas reconhece as iniciativas voltadas para as artes do estado de Minas Gerais”, afirma.
O Coordenador geral da Cátedra Unesco em Economia Criativa e Políticas Públicas, Magnus Emmendoerfer, falou sobre a realização do processo em 2022. “Nós começamos esse trabalho em 2022, no ano que a cátedra foi reconhecida pela UNESCO, lá em Paris, e com sede na Universidade Federal de Viçosa. Nós começamos a fazer a primeira conferência para congregar todas essas universidades da região e também vários profissionais, empreendedores dos diferentes campos criativos e hoje, mais de dois anos depois, a gente está aqui com toda essa alegria vendo esse momento acontecendo, uma concretização”, comenta.
A respeito da importância do Plano Municipal, assinado ao final da cerimônia, o Diretor de Economia da Criatividade e Articulação Cultural de Minas Gerais, José Oliveira Júnior, explica que “Ouro Preto pensar novos caminhos, novas formas de fazer e de pensar política cultural é muito significativo, principalmente porque Ouro Preto é a primeira cidade a fazer um Plano Municipal de Economia Criativa em Minas Gerais. Uma cidade que tem a sua história fincada no patrimônio, isso é bastante importante, é uma cidade projetando-se para o futuro”.
Alissandra Nazareth, professora da Universidade Federal de Ouro Preto explica que foi realizado um mapeamento e diagnóstico na sede e distritos. “Foram chamados a participar, todos que têm algum envolvimento, de certa forma com turismo, alguma atividade empreendedora, voltada ao artesanato ou a própria gastronomia. Então, juntos a gente colocava algumas questões e íamos construindo então esse diagnóstico, foi um mapeamento de como que o distrito se encontrava no que diz respeito economia criativa. Por fim, elaboramos o Plano de Economia Criativa que passou pela Câmara de Vereadores e hoje foi assinado pelo Prefeito Angelo Oswaldo se tornando uma política pública”, explica Alissandra Nazareth.
Economia Criativa como eixo do Plano de Apoio à Diversificação Econômica de Ouro Preto (PADE)
No dia 20 de dezembro de 2024, durante a reunião Extraordinária do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Ouro Preto, foi incluído o Eixo Economia Criativa nas ações do PADE.
Segundo o secretário Felipe Guerra, “a economia criativa tem um potencial muito grande, por isso ela foi inserida também como eixo. Ouro Preto se torna pioneira ao se colocar na vanguarda criando uma política pública especificamente para a economia criativa na nossa cidade com o Plano Municipal de Economia Criativa. Já a chancela de Cidade Criativa da UNESCO é importante para a nossa cidade, para as instituições que trabalham com a Economia Criativa, para os empresários dessa área e para a cultura na nossa cidade”.
O que é o programa Cidades Criativas da UNESCO?
Criado em 2004, o programa Cidades Criativas da UNESCO busca promover a cooperação entre municípios que reconhecem a criatividade como fator estratégico para o desenvolvimento sustentável. Atualmente, mais de 300 cidades ao redor do mundo integram essa rede, sendo 14 delas no Brasil.
Minas Gerais já conta com um município reconhecido: Belo Horizonte, na categoria Gastronomia. Se aprovada, Ouro Preto será a primeira cidade mineira a integrar a rede no segmento de Artes Populares e Artesanato.
Ações para fortalecer a candidatura de Ouro Preto
Para estruturar sua candidatura, Ouro Preto firmou um convênio com a Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e um acordo de cooperação com a Cátedra UNESCO de Economia Criativa e Políticas Públicas, vinculada às universidades federais de Ouro Preto e Viçosa.
Por meio dessa parceria, foram realizados mapeamentos dos ativos culturais, encontros com a comunidade, debates com o setor público e privado e a construção de um dossiê, que representa a diversidade e a força da economia criativa do município.
Próximos passos
O dossiê de candidatura será apresentado à Comissão Nacional do Brasil para a UNESCO até 10 de fevereiro. O resultado da seleção nacional será divulgado em 24 de fevereiro. Caso seja uma das duas cidades endossadas pelo governo brasileiro, Ouro Preto terá um prazo, até 3 de março, para formalizar sua candidatura na plataforma internacional da UNESCO.
A candidatura reforça a vocação criativa de Ouro Preto e sua importância como referência cultural no Brasil e no mundo. Se aprovada, a cidade entrará para a Rede de Cidades Criativas da UNESCO, fortalecendo ainda mais sua identidade e promovendo novas oportunidades para a economia local.
No dia 30 de janeiro, houve a cerimônia de candidatura de Ouro Preto à chancela de Cidade Criativa pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) na categoria de Artes Populares e Artesanato. Durante a cerimônia, também ocorreu a assinatura do Plano Municipal de Economia Criativa (PMEC), a cidade patrimônio é o primeiro município de Minas Gerais a ter um plano exclusivo para o setor.
O objetivo central do evento foi o lançamento oficial da candidatura de Ouro Preto à chancela de Cidade Criativa em Artes Populares e Artesanato. A candidatura ressalta a importância das artes e artesanato para a população de Ouro Preto e como a cultura em volta dessas práticas são a forma de sustento de diversas famílias por gerações.
A candidatura de Ouro Preto recebe apoio da cidade de João Pessoa, a única cidade do Brasil a portar o título de Cidade Criativa na mesma categoria em que Ouro Preto concorre Em Minas Gerais, apenas Belo Horizonte tem a chancela de Cidade Criativa, porém na categoria da gastronomia. A cidade patrimônio também recebeu apoio e reconhecimento do criador da rede de cidades criativas, o inglês Charles Landry.
Maristela Rangel, Subsecretária Estadual de Cultura, também falou sobre a importância e significado de alcançar esse título para Minas Gerais. “2025 é o ano mineiro da arte e, trazendo esse tema aqui da economia criativa, a gente reforça pelo estado a importância de juntos trazer o título para os mineiros. Então, o estado não só reconhece Ouro Preto pelo que ela já representa (primeira cidade brasileira a receber o título de Patrimônio Mundial), mas reconhece as iniciativas voltadas para as artes do estado de Minas Gerais”, afirma.
O Coordenador geral da Cátedra Unesco em Economia Criativa e Políticas Públicas, Magnus Emmendoerfer, falou sobre a realização do processo em 2022. “Nós começamos esse trabalho em 2022, no ano que a cátedra foi reconhecida pela UNESCO, lá em Paris, e com sede na Universidade Federal de Viçosa. Nós começamos a fazer a primeira conferência para congregar todas essas universidades da região e também vários profissionais, empreendedores dos diferentes campos criativos e hoje, mais de dois anos depois, a gente está aqui com toda essa alegria vendo esse momento acontecendo, uma concretização”, comenta.
A respeito da importância do Plano Municipal, assinado ao final da cerimônia, o Diretor de Economia da Criatividade e Articulação Cultural de Minas Gerais, José Oliveira Júnior, explica que “Ouro Preto pensar novos caminhos, novas formas de fazer e de pensar política cultural é muito significativo, principalmente porque Ouro Preto é a primeira cidade a fazer um Plano Municipal de Economia Criativa em Minas Gerais. Uma cidade que tem a sua história fincada no patrimônio, isso é bastante importante, é uma cidade projetando-se para o futuro”.
Alissandra Nazareth, professora da Universidade Federal de Ouro Preto explica que foi realizado um mapeamento e diagnóstico na sede e distritos. “Foram chamados a participar, todos que têm algum envolvimento, de certa forma com turismo, alguma atividade empreendedora, voltada ao artesanato ou a própria gastronomia. Então, juntos a gente colocava algumas questões e íamos construindo então esse diagnóstico, foi um mapeamento de como que o distrito se encontrava no que diz respeito economia criativa. Por fim, elaboramos o Plano de Economia Criativa que passou pela Câmara de Vereadores e hoje foi assinado pelo Prefeito Angelo Oswaldo se tornando uma política pública”, explica Alissandra Nazareth.
Economia Criativa como eixo do Plano de Apoio à Diversificação Econômica de Ouro Preto (PADE)
No dia 20 de dezembro de 2024, durante a reunião Extraordinária do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Ouro Preto, foi incluído o Eixo Economia Criativa nas ações do PADE.
Segundo o secretário Felipe Guerra, “a economia criativa tem um potencial muito grande, por isso ela foi inserida também como eixo. Ouro Preto se torna pioneira ao se colocar na vanguarda criando uma política pública especificamente para a economia criativa na nossa cidade com o Plano Municipal de Economia Criativa. Já a chancela de Cidade Criativa da UNESCO é importante para a nossa cidade, para as instituições que trabalham com a Economia Criativa, para os empresários dessa área e para a cultura na nossa cidade”.
O que é o programa Cidades Criativas da UNESCO?
Criado em 2004, o programa Cidades Criativas da UNESCO busca promover a cooperação entre municípios que reconhecem a criatividade como fator estratégico para o desenvolvimento sustentável. Atualmente, mais de 300 cidades ao redor do mundo integram essa rede, sendo 14 delas no Brasil.
Minas Gerais já conta com um município reconhecido: Belo Horizonte, na categoria Gastronomia. Se aprovada, Ouro Preto será a primeira cidade mineira a integrar a rede no segmento de Artes Populares e Artesanato.
Ações para fortalecer a candidatura de Ouro Preto
Para estruturar sua candidatura, Ouro Preto firmou um convênio com a Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e um acordo de cooperação com a Cátedra UNESCO de Economia Criativa e Políticas Públicas, vinculada às universidades federais de Ouro Preto e Viçosa.
Por meio dessa parceria, foram realizados mapeamentos dos ativos culturais, encontros com a comunidade, debates com o setor público e privado e a construção de um dossiê, que representa a diversidade e a força da economia criativa do município.
Próximos passos
O dossiê de candidatura será apresentado à Comissão Nacional do Brasil para a UNESCO até 10 de fevereiro. O resultado da seleção nacional será divulgado em 24 de fevereiro. Caso seja uma das duas cidades endossadas pelo governo brasileiro, Ouro Preto terá um prazo, até 3 de março, para formalizar sua candidatura na plataforma internacional da UNESCO.
A candidatura reforça a vocação criativa de Ouro Preto e sua importância como referência cultural no Brasil e no mundo. Se aprovada, a cidade entrará para a Rede de Cidades Criativas da UNESCO, fortalecendo ainda mais sua identidade e promovendo novas oportunidades para a economia local.
